Qual é a chupeta mais apropriada para o bebê? Pode prejudicar a boca e a fala da criança? Interfere na amamentação? Como e quando se deve deixar de dar chupeta? Este artigo responde a todas as suas dúvidas.
O fato de o bebê se habituar a usar chupeta, costuma deixar os pais um pouco preocupados com a possibilidade de provocar malformações na boca da criança. No entanto, este receio é infundado, pois quando o bebê deixa a chupeta a sua estrutura oral ainda se encontra em formação. Por esta razão, o resultado final depende muito do tempo que a criança a usa e da regularidade desse hábito, assim como da predisposição genética para problemas de má oclusão.
De qualquer forma, a chupeta provoca alterações de menor dimensão do que a sucção do dedo. Em primeiro lugar porque o hábito é abandonado mais cedo e de modo menos traumático, e em segundo lugar porque a posição da chupeta não afeta os molares e o dedo sim.
Formas e materiais das chupetas
No mercado existe una enorme variedade de chupetas, variando a forma e o material.
Em relação ao material, as chupetas podem ser de látex ou silicone.
–Látex:é uma borracha natural. Estas chupetas são mais resistentes, moles, elásticas e de cor amarelada. Com o passar do tempo o látex tende a inchar e a absorver cheiros, e por isso é necessário substituí-lo.
–Silicone: é um material mole e elástico. Não absorve cheiros ou sabores e a sua forma mantém-se inalterada. No entanto, se se corta pode rasgar-se e ficar estragada.
Em relação à forma, existem três tipos de tetina:
–Tetina cereja: a tetina clássica, de forma esférica.
–Tetina anatômica-ortodôntica:Ergonômica, imita a forma do mamilo durante a sucção.
–Tetina fisiológica:possui um desenho simétrico e plano.
Como deve ser a chupeta?
Segundo os estudos mais recentes, a chupeta deve adaptar-se o mais possível à forma do palato da criança. De igual forma, a sucção da tetina deve ser semelhante à do peito materno. Quando a criança suga o leite, os músculos do maxilar não fazem um grande esforço; a língua é impelida para a frente, enquanto o maxilar se desloca, seguindo um ritmo, de cima para baixo.
Como tal, a chupeta ideal é aquela que:
– Possibilita uma menor abertura da boca.
– Exerce menos pressão no palato.
– Possui uma superfície de contato com o palato, o mais semelhante possível à língua.
O que é necessário verificar antes de comprar?
– Os materiais da chupeta devem ser resistentes, atóxicos e antialérgicos. Na maioria dos modelos, o aro e o anel são feitos de diferentes tipos de plástico (sem bisfenol A), de látex e também de silicone.
– O tamanho da tetina deve ser adequado: o comprimento deve ser igual ou menor a 30mm.
– A tetina deve ser flexível e ergonômica, para que se possa adaptar à forma do palato do bebê.
– O aro não deve poder separar-se da tetina, mesmo com uma forte tração. Deve ser maior do que a boca da criança e ter, no mínimo, dois orifícios de ventilação, que ajudam o bebê a respirar e impedem a obstrução da saliva.
– O anel deve estar bem seguro e não pode separar-se do aro. Algumas chupetas, especialmente as que se usam de noite, não têm anel para que a cara do bebê fique mais protegida.
A chupeta é útil para o bebê?
Não é indispensável para a criança. É apenas um objeto artificial que substitui o peito materno, que lhe permite sugar e encontrar conforto quando não tem o mamilo à sua disposição. Para além de ser uma fonte de alimentação, o mamilo também serve para confortar e acalmar.
A chupeta pode interferir na amamentação?
Para sugar a chupeta, a criança deve ter os lábios entreabertos, enquanto ao mamar no peito da mãe, os lábios devem estar abertos para abarcar, não apenas o mamilo, mas, também a aréola. A chupeta faz com que o bebê sugue de modo diferente, o que, sim, poderia interferir na amamentação. O bebê pode deixar de segurar o peito da mãe com a mesma eficácia, e, como tal, correr o risco de não se alimentar convenientemente. Quando o bebê não suga o peito corretamente, toma menos quantidade de leite e portanto cresce menos e não engorda. Pelo contrário, os bebês alimentados com leite de fórmula, não correm este risco, pois o modo de sugar a chupeta e a mamadeira é muito semelhante.
Portanto, se a mãe pretender recorrer à chupeta, o melhor será fazê-lo após o primeiro mês de vida do bebê, porque é nas primeiras semanas que se dá a chamada ‘descida’ do leite, na qual a produção de leite estabiliza em função da procura por parte do bebê.
A chupeta pode prejudicar os dentes?
A chupeta pode ser prejudicial para a boca do bebê, quando untada com mel ou outras substâncias doces que possam provocar cáries.
Se não existirem malformações genéticas das arcadas dentárias, como, por exemplo, a arcada superior mais saliente do que a inferior, a chupeta não prejudica os dentes. Se existir esta malformação, a utilização da chupeta poderia acentuar a má oclusão.
Dormir com chupeta diminui o risco de morte súbita do lactente?
Segundo um estudo recente, as crianças que usam chupeta quando dormem, estão menos expostas à síndrome de morte súbita do lactente. Enquanto o bebê suga a chupeta permanece mais ativo e como tal tem um sono menos profundo.
Conselhos para usar corretamente a chupeta
– A chupeta não deve substituir o peito materno.
– Quando o bebê chora, é preciso tentar perceber qual é o motivo, antes de recorrer à chupeta.
– A chupeta deve ser uma forma de consolo temporário, não deve nunca transformar-se num objeto insubstituível.
Fonte: omeubebe.com