Descubra as explicações da ciência para atitudes dos bebês que surpreendem (e muitas vezes emocionam) os pais.
Por que fazem careta com as primeiras papinhas?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a rejeição inicial é esperada e os pais devem ter paciência, já que a careta pode ser um indicador de que a criança ainda não se acostumou ao sabor de um determinado alimento. Aqueles que forem recusados devem ser oferecidos mais dez vezes, pois, ao repetir o sabor, a criança tende a se acostumar com ele. Procure dar alimentos que não tenham cheiros muito fortes. Uma pesquisa da Universidade de Bourgogne (França) indicou que meninos e meninas de 0 a 2 anos apresentavam alto índice de rejeição para odores também considerados desagradáveis para o olfato de um adulto. Ou seja, eles aprendem a identificar cheiros bem cedo!
Por que se emocionam com algumas canções?
A professora Pernambucana Rebeca Duarte, 39 anos, é amante da musica e dedica seu tempo livre a tocar instrumentos como saxofone, sanfona e pífano. Isaac, seu filho de 8 meses, fica emocionado ao ouvir a mãe cantar. Mais ainda se for “Voa Coração”, de Toquinho, que foi tocada durante seu parto em casa. “Ele fica todo sorridente, com um brilho nos olhos bem abertos”, conta a mãe.
Já a irmã mais velha de Isaac, Inaê, 6, guarda outra relação com as canções, mas não menos comovente. Quando recém-nascida, a menina era muito sensível a timbres melancólicos e chorava quando eles tocavam. Paira a duvida: como duas crianças podem ser capazes de interpretar a complexidade de uma produção musical e reagir com tanto sofrimento?
Pesquisadores do Laboratório Internacional do Cérebro, da Universidade de Montreal, arriscam uma teoria: desde os primeiros meses de vida, os bebês sabem distinguir uma canção feliz de outra cantarolada em tom neutro. A forma como uma mãe solta a voz, segundo os estudiosos, carrega uma conotação sentimental que é facilmente percebida pelo filho. É por isso que ele pode, sim, se sentir tocado por determinada melodia.
Por que bebês adoram arrancar a própria roupa?
A partir de 1 ano, quando a criança ganha independência, quer mostrar para ela mesma e para seus cuidadores que já sabe realizar tarefas sozinha. Tirar a roupa por conta própria ilustra bem essa fase. Acostumado a ver os adultos se vestirem e despirem todos os dias, seu filho sentira prazer em realizar essa ação sem precisar de ajuda.
Não deixe de explicar que, durante o dia, ele precisa ficar vestido, enquanto a noite deve trocar de roupa e colocar um pijama. Elogios são sempre bem-vindos para reforçar o que é certo e desencorajar as atitudes indesejadas. Uma boa forma de ensinar esses conceitos é apresentando às crianças bonecos que trocam de roupa.
Fonte: Revista Crescer