O sistema imunológico das mulheres fica enfraquecido durante a gravidez. Por isso, neste período, é preciso reforçar ainda mais os cuidados com a saúde para evitar doenças, ainda mais as doenças respiratórias.
— O corpo da mulher diminui naturalmente seu sistema imunológico como uma forma de evitar a rejeição do bebê (diminuir a chance de um aborto espontâneo) — explica Renato Sá, coordenador do Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal (CCFN) da Perinatal.
O médico destaca que sintomas de doenças respiratórias, como dificuldade de respirar, são bem comuns na gestação, o que dificulta o diagnóstico precoce das enfermidades.
— Por isso, se a dificuldade de respirar atrapalhar a execução de atividades rotineiras, for constante ou estiver acompanhada de algum outro sintoma como febre ou tosse, a paciente deve procurar uma unidade de saúde para se tratar — alerta Renato.
Buscar um profissional de saúde, principalmente aquele que acompanha sua gestação, é fundamental para não tomar remédios que são contraindicados para grávidas. A automedicação pode causar grandes prejuízos para a saúde da mãe e a formação do bebê.
Os remédios apresentam cinco classificações: A, B, C, D e X. Os dois primeiros são liberados para o uso de gestantes — salvo por restrições de saúde específicas. As categorias C e D precisam de uma análise médica que identifique benefícios e riscos para a gestante. Os classificados como X não podem ser usados por gestantes.
— Antes de tomar qualquer remédio, é preciso consultar seu médico. Lembre-se que quanto menos remédio você tomar, melhor — afirma Rodolfo Salvato, ginecologista e obstetra da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), que complementa: — Alguns medicamentos, como no tratamento de acne, não podem ser tomados por gestantes. Por isso, enquanto a paciente estiver em tratamento, recomendamos medidas para prevenção de gravidez.
Fonte: Evellin Azevedo via extra.globo.com